domingo, 11 de julho de 2021

O clamor que gera perdão

  Por: Jânio Santos de Oliveira



     Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da Serra
Pastor Presidente: Eliseu Cadena


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Meus amados e queridos irmãos em cristo Jesus, a PAZ DO SENHOR!





 Nesta oportunidade estaremos abrindo a Palavra de Deus que se encontra no texto de Lamentações 2.19 que nos diz: 

Levanta-te, clama de noite no princípio das vigias; derrama o teu coração como águas diante da presença do Senhor; levanta a ele as tuas mãos, pela vida de teus filhinhos, que desfalecem de fome à entrada de todas as ruas.

 

Neste sucinto estudo bíblico pretendo caminhar com os irmãos internautas acerca do sofrimento por que passou a Nação de Israel.

O profeta conclama à sua Nação a clamar pelos seus filhos que morriam de fome, a ponto de praticarem a antropofagia ( a prática de comer carne humana).

Como um patriota verdadeiro, Jeremias não se escusava do compromisso de um cidadão Judeu, mesmo após a sua queda no ano 586 A.C. ; nesta matéria iremos mostrar como adquirir o perdão Divino no sofrimento.

 

I. Conhecendo e analisando o capítulo dois de Lamentações

 


A Manifestação da Ira Divina contra Jerusalém

(Lm 2.1-22).

Este capítulo registra o sofrimento do povo; o desprezo dos observadores; a alegria dos inimigos de Judá diante de suas calamidades. Várias ideias do capítulo 1 se repetem. O poeta é o orador do começo ao fim. O tempo é a retribuição divina contra a idolatria-adultério-apostasia de Judá-Jerusalém. Os vss. 1-10 fornecem um excelente quadro da ira de Deus, quando Ele desmantelou, sistematicamente, a cidade. Os vss. 11-19 retratam o choro do profeta diante da cena. Os vss. 20-22 mostram seu clamor ao povo implorando a misericórdia divina. Em meio a grandes aflições, ultrajes foram cometidos, como mulheres que comiam os filhos diante da ameaça de morte por fome (vs. 20).

Palavras de Condenação. Este capítulo emprega uma variedade de palavras para indicar sofrimento e condenação:

1. devorar (vss. 2 e 5);

2. destruir, derribar, lançar por terra (vs. 2);

3. demolir (vs. 6); quebrar e despedaçar (vs. 9). A confusão e o caos eram totais. A cidade foi deixada em escombros, e Yahweh aparece como o autor da miséria, castigando os pecados dos homens.

Lm 2.1-22

2.1 Como cobriu o Senhor de nuvens. Jerusalém é de novo personificada como uma mulher, pois é a filha de Sião (ver virgem, filha de Judá, no vs. 15). Ver no Dicionário o verbete chamado Filha de Sião. Essa mulher já estivera andando nas nuvens, mas agora estava debaixo de uma nuvem de condenação. Ela foi precipitada do céu à terra, foi humilhada e esmigalhada. O céu era bom demais para ela, embora ela tivesse elevadas pretensões. Ter sido ela destruída na terra, mediante queda, estava de acordo com seu estado pecaminoso. Ela fora antes o escabelo de Deus, o lugar onde Ele se manifestava na terra. No entanto, perdeu a posição e foi apagada da memória divina, por causa de sua idolatria-adultério-apostasia.

O Senhor derrubou por terra a grandeza de Israel, do céu para a terra. Ele não se lembrou do templo, Seu escabelo, no dia de Sua ira.

 

Lembremo-nos das palavras de Esclus, pathei mathos, que significam “é através do sofrimento que uma pessoa aprende”. Todos os julgamentos de Deus são remediais.

A arca da aliança era o escabelo de Deus porque ali Sua presença se manifestava. ( I Cr 28.2; Sl 99.5). Na destruição do templo, a arca se perdeu. O Targum faz o escabelo de Deus, neste caso, ser o templo de Jerusalém.

Nos países do Oriente Próximo e Médio, as mulheres usavam véus. Provavelmente é isso o que está por trás da figura da nuvem, aqui. Yahweh, pois, cobriu Jerusalém com um véu de vergonha e desprezo.

2.2,3 Devorou o Senhor todas as moradas de Jacó. Jacó foi devorado. A ira divina é aqui retratada como um monstro que ataca sua presa, despedaçando-a e devorando seus pedaços mutilados. Havia fortalezas para proteger Jerusalém, mas elas se mostraram ineficazes porque Yahweh se tornou o General do exército babilônico, pelo que coisa alguma podia resistir ao ataque. Os governantes e o reino inteiro foram despedaçados e desonrados, tendo sido esmagados no chão pelos pés de Deus. Os governantes (príncipes) foram as vítimas notáveis da matança. Zedequias e seus subordinados, e a maior parte de sua família, foram levados ao cativeiro. Os filhos do rei foram executados diante de seus olhos. Em seguida, ele foi cegado e ficou apodrecendo em uma masmorra babilônica até a morte. Os príncipes judeus foram executados em Ribla. Ver Jer. 52.9-11. A ira feroz do Senhor foi uma grande conflagração que queimou tudo. Sua fúria foi como fogo consumidor (vs. 3), uma poderosa corrente que a tudo crestou. Jerusalém foi deixada desolada e essencialmente desabitada. Os poucos sobreviventes foram transportados para a Babilônia, onde a miséria continuou até o decreto misericordioso de Ciro, que os libertou, depois que o centro de poder foi transferido da Babilônia para a Média-Pérsia.

Toda a força de Israel. Ou seja, não restou a Israel nenhum poder. A figura foi extraída do fato de que certos animais usavam seus chifres (símbolos de poder) como armas ofensivas e defensivas. ( I Sm 2.10; Sl 132.17; Jr. 48.2)

 Ao redor do mundo, cabeças de animais cornudos têm sido usadas para retratar poder, autoridade e majestade (Dn 7.24).

2.4-  Entesou o seu arco qual inimigo. Yahweh, que também é Sabaote, o General dos Exércitos, por algum tempo foi o líder do exército da Babilônia. O arco divino atirava flechas de terror, as quais traspassaram o exército e os habitantes de Judá com grande matança. Ele também empregou Sua espada (símbolo da guerra) e matou “o orgulho dos olhos de Judá’, ou seja, todos os elementos desejáveis, militares ou civis. A ira de Deus derramou-se como se caísse de um grande vaso, ou fluiu como um rio que tivesse sido derramado dos céus, varrendo todo o território de Judá. A torrente de fogo queimou todas as tendas de Israel, todas as habitações do povo. Alguns estudiosos retêm a forma singular, “a tenda” , dando a entender que o templo. O templo foi incendiado ( Jr  52.13), mas não parece ser isso o que está em pauta aqui.

2.5 Tornou-se o Senhor como inimigo. Adonai recebeu o crédito por haver destruído Israel, visto que o teísmo bíblico (ver a respeito no Dicionário) retrata Deus a controlar os eventos da história humana. Ele atua em acordo com Sua lei moral, e Sua lei moral está alicerçada sobre a legislação mosaica. Desobedecer é ser castigado, afinal. Por 13 vezes no livro de Lamentações, o nome divino menos usado, Adonai, substitui o mais comum, Yahweh. Este versículo mostra uma dessas substituições, mas é uma exagerada sofisticação tentar encontrar uma razão para isso.

A ideia de devorar é aqui repetida. O monstro aniquilou sua vítima, Adonai aniquilou completamente a Judá. Suas fortalezas foram destruídas, conforme declarado no vs. 2. A filha de Judá (chamada de filha de Sião, no vs. 1) foi deixada a chorar e a lamentar-se, o que o capitulo 1 ilustrou tão bem, com várias repetições. (vss. 20 , 21).

É coisa terrível quando Deus se torna inimigo de um homem. E isso é algo que o homem espiritual pode evitar.

O pranto e a lamentação. Estes dois substantivos hebraicos são formados da mesma raiz, pelo que são escritos e pronunciados de maneira similar.”... uma lamentação realmente grande em vista da destruição de suas cidades, aldeias, vilas e seus habitantes”.

2.6 Demoliu com violência o seu tabernáculo. Temos aqui a menção ao templo, que lembra o tempo em que o santuário era uma tenda móvel, além de fazer alusão às tendas da festa dos tabernáculos, quando o povo celebrava os lugares de habitação temporários durante os anos de perambulação pelo deserto. O templo, que parecia uma estrutura permanente, um agente de proteção, dando segurança ao povo israelita ( Lm 7.2-15; 26.2-11), mostrou não ser mais substancial que as estruturas temporárias e fracas da tenda da congregação. Na época da colheita, os agricultores construíam cabanas temporárias para fazer sombra, o que nos dá outra ilustração. As festas e celebrações determinadas terminaram abruptamente quando o templo foi reduzido a um montão de pedras. Os gritos de alegria das festividades transformaram-se em lamentos. A feroz ira de Yahweh obliterou a tudo, e tanto o rei quanto os sacerdotes foram desprezados, tornando-se vítimas, juntamente com o povo comum, dos ataques desfechados pelos babilônios. O que parecia permanente mostrou ser apenas uma “tenda de jardim” , uma estrutura temporária para o tempo da colheita, que os agricultores usavam como sombra e para guardar seus instrumentos agrícolas. Os pecados do povo tinham provocado esse tipo de situação.

2.7 Rejeitou o Senhor o seu altar. Yahweh (Adonai) foi o poder destruidor por trás das potências humanas que destruíram Jerusalém e o templo. Mas agora Adonai substitui o nome Yahweh, o que ocorreu 13 vezes neste livro. Mas o sentido em coisa alguma se altera pelo uso de nomes divinos diferentes. O altar do Senhor estava no templo, mas por causa da apostasia de Judá esse lugar foi desprezado pelo Ser divino e entregue para ser destruído pelos babilônios. As paredes de todos os edifícios importantes e de todos os edifícios privados foram niveladas. Um grande grito de desespero subiu do antigo local de sacrifícios, no lugar dos gritos de alegria que acompanhavam o culto. Alguns tomam esse clamor como se fossem os gritos de vitória dos babilônios, enquanto eles aniquilavam a tudo. “Os gritos dos inimigos, em seu triunfo... tomaram o lugar dos aleluias das festas solenes” . Os sons dos instrumentos do templo usados no culto foram substituídos pelo tiniao das armas que se entrechocavam. O Targum diz que o povo de Jerusalém, chorando e orando, é que gritava, na aflição daquele momento terrível.

2.8 Intentou o Senhor destruir... Foi Yahweh quem determinou a destruição do lugar. Deus arruinou o lugar para castigar a idolatría-adultério-apostasia de Jerusalém. Ele derrubou as muralhas que protegiam a filha de Sião. Deus fez com que o lugar fosse destruído com seu prumo, que os homens usualmente usam nas construções. ( Am 7.7-9; 2 Rs 21.13; 34.1). O uso do prumo fala de uma cuidadosa e completa destruição. Cada centímetro do lugar estava condenado. As muralhas e as defesas caíram juntamente, personalizadas e pintadas como clamando porque a Babilônia as tinha demolido, o que é um toque patético na descrição. (Hb 2.11; Lc 19.40).

Jerusalém, antes gloriosa, foi cuidadosamente demarcada para ser destruída pela “linha da devastação”. “Os povos orientais usavam a linha de medir não apenas nas suas construções, mas também ao destruir edificações ( 2 Rs 21.13; Is 34.11). Isso implica uma rigidez que nada poupava, com a qual Yahweh aplicaria Sua punição”.

2.9,10 As suas portas caíram por terra. As portas da cidade, feitas de bronze, que davam a aparência de uma proteção confiável, caíram por terra diante das pancadas do inimigo. O hebraico original é vivido aqui, dizendo que as portas afundaram ”no” chão, como se tivessem sido socadas de cima para baixo. As barras de proteção foram despedaçadas. O rei e os príncipes de Judá foram objetos especiais da ira dos babilônios. Os que não foram mortos acabaram cativos entre os gentios (ou seja, foram dispersos por todo o território babilônico). A lei de Moisés cessou de funcionar juntamente com as instituições. Era a lei de Moisés que tornava Israel um povo distintivo (Dt 4.4-8). O ofício profético foi abolido. Yahweh não continuou a conceder visões, para servir de instrumentos especiais que guiavam o povo. O versículo diz que as instituições religiosas de Judá foram aniquiladas com o material físico e os habitante do lugar, “Yahweh abandonou totalmente o Seu povo e não se manifestou mais a ele em nenhum sentido” . “‘Aqui as condições lamentáveis são vistas como devidas principalmente ao fracasso dos líderes religiosos (Lm 4.12-16)” . Cada tipo de pessoa que tinha uma posição de liderança, como o rei, os príncipes, os sacerdotes e os profetas, foi dizimada. O vs. 10 descreve as várias cenas de lamentação. A filha de Sião estava sentada no chão, em típica posição de tristeza (Jó 2.12,13).

Havia também o pano de saco e as cinzas lançadas sobre a cabeça, que eram símbolos comuns de lamentação. As jovens pendiam a cabeça até o chão (Lm 1.6; 2.1,4).

2.11 Com lágrimas se consumiram os meus olhos. Os vss. 11-19 falam da tristeza do profeta em vista do que sucedera. Ao observar a cena, ele clamou de angústia. Então traçou cinco retratos para descrever as deploráveis condições de Jerusalém. O coração do profeta estava perturbado ( Lm 1.20, quanto a essa expressão). O seu fígado se derramou no chão. O fígado era considerado, pelos hebreus, a sede das emoções, conforme dizemos acerca do coração, que é o termo empregado aqui pela maioria das traduções (Sl  62.8). O povo de Judá é pintado como uma mulher, uma filha, o que se vê por todo este livro. ( Lm 1.6,15; 2.1,2,4,5,8-11,13,15,18; 3.48,51; 4.6,10). Uma tristeza especial foi ocasionada pela inanição dos infantes e dos bebês pelas ruas da cidade e, naturalmente, das mulheres e da população masculina. O primeiro retrato que o profeta pintou sobre as misérias de Jerusalém foi exatamente esse: o sofrimento de crianças inocentes, abandonadas nas ruas da cidade. A maior parte dos pais estava morta, e os poucos que sobreviveram não conseguiam alimentar os filhos famintos. O vs. 12 dá prosseguimento a esse primeiro retrato.

2.12 Dizem a suas mães: Onde há pão e vinho? Os filhos choravam, pedindo de suas mães um pedaço de pão ou um gole de vinho para satisfazer a sede.

Eles eram como os muitos soldados feridos que jaziam pelas ruas, impotentes e sofrendo dores. Além disso, havia crianças que morriam nos braços das mães, por causa de ferimentos, sede ou fome. “Instintivamente, eles buscavam leite nos seios de suas mães, mas, nada encontrando, davam o último suspiro encostados aos seios delas”. “Como soldados feridos, que se esforçam por respirar o ar, soltavam seu último suspiro, agarrados, em desespero, aos seios de suas mães”

. Esse primeiro quadro causa dó, para dizermos o mínimo. “Quantas e quão temíveis aflições!” .

2.13 Que poderei dizer-te? Temos aqui o segundo retrato dos sofrimentos de Jerusalém — a imagem de uma vasta área, tão vasta que nenhum homem pode ver o outro lado, nem mesmo imaginar onde ela terminaria. Assim eram os sofrimentos da cidade: vastos e incomensuráveis. O povo de Judá é aqui chamado de ”filha de Jerusalém”. 

 Os sofrimentos foram imensos.(  Lm 1.12; Dn 9.12). A calamidade foi ilimitada e, portanto, irremediável. “... um dilúvio de aflições; um mar de tribulações; um oceano de misérias” . Diz aqui o Targum: “A tua destruição é tão grande como a grandeza dos mares empolados em tempo de tempestade. Quem é o médico que poderá curar-te de tal enfermidade?”.

2.14 Os teus profetas te anunciaram visões falsas e absurdas. O terceiro dentre os cinco retratos descreve a obra deletéria dos falsos profetas, os quais insuflavam falsas esperanças no povo de Israel, dizendo que Jerusalém estava imune a ameaça babilônica. Esse ludibrio enevoava a questão e impedia que o povo realmente se arrependesse, com a exceção de alguns poucos profetas independentes (como Jeremias), que contradiziam a palavra da vasta maioria das escolas proféticas. Quanto aos profetas falsos, que enganavam os judeus, ( Is 3.12; 9.15,16; Jr 23.23 ; Ez 13.8-10). Aqueles falsos profetas enganavam a si mesmos, e muitos tinham visões que distorciam a verdade dos fatos.

Os próprios místicos verdadeiros duvidam de suas visões, porque as visões são muito difíceis de interpretar e, com frequência, são guias duvidosos. Muitas visões, até de homens bons, nada são senão impulsos psíquicos não inspirados pelo Espírito de Deus. Ver no Dicionário o verbete chamado Visão (Visões). Ademais, podemos estar certos de que os falsos profetas mentiam desbragadamente, pois nem ao menos haviam tido visões. Esses falsos profetas diziam que não haveria nenhum ataque nem cativeiro babilônico. E alguns deles tinham visões psíquicas para confirmar isso, como sonhos acordados. Outros meramente diziam ter recebido visões confirmadoras. Esses enganadores não desvendavam os pecados do povo, nem pregavam o arrependimento. Estavam por demais envolvidos na boa vida terrena. Não queriam ouvir falar em calamidades. (Jr 28.1-4,10-11; 29.29-32). Seus oráculos eram “falsos e enganadores” . “Eles enganavam as pessoas” . Em vez de advertir o povo, proferiam lisonjas.

2.15 Todos os que passam pelo caminho batem palmas. O quarto retrato do profeta, descrevendo as misérias de Jerusalém, ocupa os vss. 15-17. Encontramos aqui o retrato de um inimigo vitorioso a zombar do povo derrotado. Insultos foram adicionados às injúrias. Os que passavam — soldados vitoriosos ou viajantes que trafegavam por ali — batiam palmas diante da miséria que viam, e expressavam feroz alegria, em vez de consternação. Eles assobiavam diante dos poucos judeus que tinham sobrevivido, sacudindo a cabeça em gestos zombeteiros. Eles perseguiam Jerusalém (personalizada como uma mulher; ver as notas no vs. 11). Jerusalém tinha sido uma mulher graciosa e bela, uma princesa. A cidade tinha sido centro da adoração religiosa e sítio de peregrinações. Isso tudo foi uma alegria para a terra. Agora, porém, a cidade era uma desgraça, pois estava abandonada por Deus e pelos homens; era um montão de ruínas, um lugar de morte essencialmente desabitado. Até os antes amigos tornaram-se agora inimigos ( Lm 1.7-9). A beleza da cidade transformou-se em fraqueza e desolação. Quanto ao bater de palmas em derrisão, ( Jó 24.3-7 ; 27.23). Quanto ao sacudir escarnecedor da cabeça, ver 2 Rs 19.21; Sl 44.14. Quanto a Jerusalém como alegria e beleza, ver Sl 48.2. Jerusalém, a Dourada, era agora um monte de ruínas. Destroços tomaram o lugar das riquezas.

2.16 Todos os teus inimigos. Continua aqui o quarto retrato. O profeta começou a chorar quando observou a desolação do lugar. Em vez de zombar, ele chorava diante do que via, embora estivesse plenamente cônscio de como a apóstata Jerusalém sofrerá justo julgamento às mãos de Yahweh. Eles colheram o que haviam semeado (Sl 6.7,8). Tal como a filha de Siâo (Lm 1.16), o profeta não encontrava consolo para sua tristeza. A desolação era como um vasto oceano que não admitia remédio algum (vs. 13). Entrementes, os destruidores se regozijavam diante da destruição e da miséria, assobiando e rilhando os dentes em zombaria. Esses gestos eram acompanhados por gritos perversos de triunfo. “Nós engolimos Judá. Este era o dia pelo qual estávamos esperando. Finalmente, vimos o mesmo acontecer” . A cena pintada está cheia de ódio e perversão, revelando o coração debochado dos conquistadores. “A exultação do inimigo é expressa por cada característica na fisionomia e no ódio maligno, a boca aberta, os assobios, o rilhar dos dentes em ódio e ira” .

2.17 Fez o Senhor o que intentou. O quarto retrato é completado pela segurança de que Yahweh era a causa real por trás da devastação de Jerusalém, por ser Ele o Sabaote, o General dos Exércitos, Aquele que liderava as tropas babilônicas. É posição do teísmo bíblico  que o Criador continua presente em Sua criação, recompensando e punindo, intervindo nos negócios humanos, e que os homens se tornam instrumentos de suas obras. Em contraste, o deísmo (ver também no Dicionário) crê que a força criadora abandonou sua criação aos cuidados das leis naturais. Aqui, Yahweh deixa de lado toda a piedade, pois a hora da retribuição tinha chegado. Judá, nação idólatra, adúltera e apostatada, merecia o que os babilônios lhe serviam. O Senhor até fez o inimigo alegrar-se sobre suas obras temíveis. Em outras palavras, o que lemos no vs. 16 foi inspirado por Yahweh! É difícil, para mentes treinadas no Novo Testamento, concordar com essa forma radical de teísmo, mas a lei da colheita segundo a semeadura é, realmente, terrível. Ver no Dicionário o verbete chamado Lei Moral da Colheita segundo a Semeadura.

Quanto aos atos sem dó de Yahweh, ver os vss. 2 e 21; e também 3.43. Em meio a tais descrições, devemos lembrar a nós mesmos que todos os juízos de Deus são meios de restauração, e não apenas de retribuição. O julgamento é um dedo da amorosa mão de Deus. Através do castigo, Deus pode fazer mais coisas do que por qualquer outro modo. Em meio a tantas cenas destruidoras do Antigo Testamento, temos de lembrar a verdade do que Orígenes disse; “Ver somente retribuição no juízo, e nenhum remédio, é descer a uma teologia inferior”.

2.18 O coração de Jerusalém clama ao Senhor. O quinto retrato do profeta sobre as misérias de Jerusalém ocupa os vss. 18 e 19. O angustiado profeta encorajou incessante lamentação por parte do remanescente, como petição a Deus por misericórdia. Ele lhes ordenou que clamassem a Adonai, derramando diante Dele toda a tristeza. Talvez todo aquele choro e lamentação tocasse o coração de Deus e causasse uma medida de misericórdia. Por 13 vezes Adonai substitui o nome divino mais familiar, Yahweh, mas isso não implica nenhuma mudança no sentido.  A filha de Sião  foi chamada a chorar tão copiosamente a ponto de imitar um rio que flui noite e dia. A cidade foi invocada a não descansar e a não permitir que seus olhos parassem de chorar, porque assim poderia tocar o coração divino e receber alguma misericórdia.

As meninas de teus olhos. Diz aqui o hebraico, literalmente, “a filha de teu olho”, indicando a pupila ( Sl 17.8). A pupila reflete imagens que podem ser vistas por outra pessoa, e tais imagens podem parecer pessoas em miniatura nos olhos de quem as vê. A pupila, neste caso, representa o olho, o qual é encorajado a continuar chorando, em uma oração a Deus rogando misericórdia.

2.19 Levanta-te, clama de noite. O choro não podia cessar nem mesmo à noite. A mulher teria de erguer-se e derramar suas lágrimas como se fossem um rio. Deveria continuar chorando nas várias vigílias da noite e levar suas lágrimas à presença de Adonai (ver sobre isso no vs. 18). Ela teria de erguer as mãos em intensa oração, porquanto a vida de seus filhos foi apagada como a chuva de uma vela. Alguns poucos filhos continuavam vivos, mas estavam morrendo de fome. Podiam ser encontrados a chorar em todas as ruas e esquinas. Cr. as dolorosas descrições dos vss. 10 e 11. Ver também Naum 3.10.

 

No princípio das vigílias. Os hebreus dividiam a noite em três vigílias, mas os romanos a dividiam em quatro ( Jz 7,19). A noite é o tempo próprio para dormir e descansar. Para Jerusalém, todavia, a noite se tornara um tempo de lamentar as calamidades que tinham devastado a nação. Quanto ao ergueras mãos em oração, ( Lm 3.41 e I Tm 2.8). Esse é um gesto que significa súplica intensa.

 

Os Apelos de Jeremias (Lm 2.20-22)

2.20 Vê, ó Senhor, e considera. Os vss. 20-22 fornecem a expressão de tristeza de Jerusalém, a par dos seus apelos. Ou então trata-se dos apelos do profeta. Seja como for, o profeta convocou Jerusalém a fazer suas petições a Deus, pedindo-Lhe misericórdia.

“Este versículo, bem como os dois versículos seguintes, foram postos na boca da cidade como respostas ao apelo feito pelo profeta, no vs. 19. Este versículo indica que Jerusalém estava reduzida ao canibalismo no cerco de 586 A. C. ( Jr 19.9)’’  Lv 26.29; Dt 28.56,57). Que as crianças morressem de fome já era algo demais para suportar, mas uma mãe comer um próprio filho, por causa da fome, era algo impensável. (2 Rs 6.24-31).

As crianças do seu carinho. Temos aqui uma tradução provavelmente melhor que “crianças com um palmo de comprimento”. Até mesmo um bebê recém-nascido já tem mais de um palmo de comprimento. O cerco de Jerusalém (em 70 D. C.) produziu o canibalismo, conforme nos informou Josefo (Guerras, vs. 12).

Outro ultraje provocado pelo ataque dos babilônios foi a morte de sacerdotes e profetas no santuário, um sacrilégio supremo.

2.21 Jazem por terra pelas ruas o moço e o velho. Jovens e velhos jaziam nas ruas, sangrando; donzelas e homens eram alvos especiais da espada. Yahweh é quem os matava em Sua ira, por causa de seus pecados.

2.22 Convocaste de toda parte terrores contra mim. A matança é comparada a um dia de festejos solenes, quando os cidadãos como um todo são chamados ao banquete, conforme sucedia nas três festividades religiosas anuais: a páscoa, o Pentecoste e os tabernáculos. Mas aqui os sacrifícios oferecidos, em torno dos quais os babilônios estavam festejando, eram os cidadãos de Jerusalém! Eles estavam sendo sacrificados a Yahweh, que lhes tinha decretado a miséria, por causa de seus pecados inumeráveis. “Ninguém escapou ou permaneceu vivo no dia da ira do Senhor. Meu inimigo matou aqueles a quem dei à luz e criei” . Temos aqui outro toque quase insuportável de emoção. O inimigo, em tal breve tempo, aniquilou todas aquelas crianças (muitas das quais agora estavam chegando à idade adulta), cujos pais tinham passando tantos anos a criá-las e a quem devotaram tanto amor e sacrifício.

Foram necessários 30 meses para que os babilônios quebrassem as defesas da cidade de Jerusalém. E, quando finalmente conseguiram, precipitaram-se contra os cidadãos do lugar em feroz ira. Não fizeram distinção entre jovens e idosos, homens e mulheres, adultos e crianças, sacerdotes e povo comum. E assim aniquilaram a muitos milhares de pessoas.

 

II. O contexto do cativeiro babilônico


A situação política de Judá

• Nos anos 608 a 597 a.C., reinava em Jerusalém Jeoaquim, que havia sido empossado por Neco, Faraó do Egito (2 Rs 23:34). Naqueles dias duas nações lutavam pelo domínio da região: a Assíria e o Egito. Neco, rei do Egito, subira para batalhar contra o rei da Assíria (2 Rs 23:29). Josias, rei de Judá, temendo pela sua segurança do seu reino, achou melhor atacar o exército egípcio, mas morreu na batalha de Carquemis em 608. Neco, que agora estava com todos os triunfos na mão, destituiu a Jeocaz, filho de Josias, quando este havia reinado apenas três meses, impôs pesado tributo a Judá, e constituiu rei a Jeoaquim, irmão do deposto Jeocaz (2 Rs 23:31-35).

 

• O castigo de Deus foi retardado, mas não evitado (2 Rs 23:26,27).

• Jeoquim foi um rei ímpio. Seu pai Josias rasgou suas roupas em sinal de contrição e arrependimento. Ao contrário, Jeoaquim rastou e queimou o rolo da Palavra de Deus que continha as mensagens do Profeta Jeremias e mandou prender o mensageiro (Jr 36:20-26).

• Jeoaquim era também assassino. Porque as mensagens do Profeta Urias eram contrárias as seus interesses, ele mandou matá-lo. Urias fugiu para o Egito, mas Jeoaquim mandou sequestrá-lo, ele foi trazido à sua presença e morto à espada (Jr 26:20-23).

1. O cenário político ao redor de Judá

• No ano 606 novos acontecimentos vieram modificar o cenário político-militar da conturbada região. Uma vitória de Nabucodonosor, rei da Babilônia, sobre o Faraó Neco, consolidou a Babilônia como nova potência mundial em ascensão.

• O Egito e a Assíria haviam disputado o predomínio, mas a luta enfraquecera a ambos. Assim, a Babilônia foi quem mais ganhou com essas brigas. Exemplo: Quando dois cães brigam por um osso, pode aparecer um terceiro e levá-lo com a maior facilidade.

• Nabucodonosor fez três incursões sobre Jerusalém: Em 606 levou os nobres (dentre eles Daniel) e os vasos do templo. Em 597 noutra incursão levou mais cativos. O rei Joaquim rendeu-se sem resistência. Nesse tempo foi ao cativeiro também o profeta Ezequiel (2 Rs 24:8). Em 586 após 18 meses de sítio, os exércitos do rei da Babilônia saquearam a cidade. Destruiram-na totalmente. Destruíram o templo. O rei Zedequias foi capturado quando tentava fugir. Foi levado à presença de Nabucodonosor. Seus filhos foram mortos na sua presença e seus olhos foram vazados e ele levado cativo para a Babilônia com o seu povo (2 Rs 25).

2. O cenário espiritual em Judá

• Depois da reforma de Josias, Judá voltou a se esquecer de Deus. Os filhos de Josias não temiam a Deus como ele. Os reis foram homens ímpios. Eles não aceitavam mais ouvir a Palavra de Deus. Os profetas e sacerdotes se corromperam. Os profetas de Deus foram perseguidos, presos e mortos.

 

• A Bíblia diz que em vez de haver quebrantamento e arrependimento e volta para Deus o rei, os sacerdotes e povo se endureceram ainda mais: “O rei obstinou o seu coração para não voltar-se para o Deus de Israel” (2 Cr 36:13). Também declara que “todos os principais sacerdotes e o povo aumentaram a iniquidade, seguindo todas as abominações das nações, contaminando a Casa do Senhor, a qual ele havia santificado em Jerusalém” (2 Cr 36:14).

3. O poder do Império Babilônico que domina Judá

• A Babilônia tornou-se o maior império do mundo. Era senhora do universo. O reinado de Nabucodonosor abarcou um período de 43 anos. Durante seu reinado a cidade da Babilônia foi embelezada. As muralhas da cidade era inexpugnáveis com 30 metros de altura e dava para três carros aparelhados com mais de 1.200 torres. Ali havia uma das sete maravilhas do mundo antigo, os jardins suspensos da Babilônia.

• O povo de Judá foi arrancado da cidade santa. O templo foi destruído. O cerco trouxe morte e desespero. As crianças morriam de fome. Os velhos eram pisados. As jovens forçadas. Isso trouxe dor e lágrimas ao jovem profeta Jeremias.

• O povo levado ao cativeiro se assenta, chora, curte a sua dor, dependura as harpas e sonha com uma vingança sangrenta.


III. Os motivos do cativeiro babilônico


1. Desobediência à sua Palavra

A. A obediência trás bênção, mas a desobediência maldição

• Os tempos de prosperidade e crescimento de Israel foi durante o reinado dos homens que andaram com Deus. Sempre que um rei se desviava de Deus, o povo se corrompia e sofria amargamente.

 

• O rei, os sacerdotes e o povo estavam mergulhados em profundo pecado. Pecado de apostasia teológica e depravação moral, ou seja, impiedade e perversão.

 

B. Quando o povo de Deus é derrotado, a causa principal nunca é o poder do inimigo, mas a sua própria fraqueza produzida pelo pecado.

• Judá não caiu, ela foi entregue. Nabucodonosor não prendeu o rei, Deus o entregou. Os utensílios da Casa de Deus foram entregues ao inimigo pelo próprio Deus.

C. Em vez do rei rasgar suas vestes ao ouvir a mensagem de Deus, rasgou a Palavra, queimou-a e mandou prender o profeta

• Sempre que os corações se endurecem e deixam de ouvir a Palavra de Deus, o juízo de Deus vem sobre eles.

• A Bíblia não foi destruída pela fogueira. Ela tornou-se apenas mais combustível para o juízo que alcançou o rei impenitente.

D. A certeza do cumprimento das ameaças de Deus sobre a desobediência deveriam levar o povo ao arrependimento

 

• A Palavra de Deus quando promete misericórdia ou juízo sempre se cumpre. O moinho de Deus moi devagar, mas moi fino. Joaquim pode cortar o rolo do livro e lançá-lo à fogueira, mas não pode evitar o juízo de Deus sobre sua própria vida.

 

E. A hediondez e a feiúra do pecado aos olhos de Deus deveriam levar o seu povo ao arrependimento

• Foi o pecado que trouxe destruição sobre Jerusalém. Foi o pecado que causou a destruição do templo. Foi o pecado que trouxe a morte de tantas famílias. Foi o pecado que gerou aquele terrível cativeiro. O pecado é maligníssimo. Só os loucos zombam do pecado. Horrível cousa é cair nas mãos do Deus vivo.

 

 2. O misticismo e a apostasia

A. O povo de Judá deixou de confiar em Deus para confiar no templo

• O povo estava seguro que não importava como vivessem, o templo os salvaria. Eles não aprenderam a lição da ARCA DA ALIANÇA na guerra contra os filisteus. A arca foi roubada, os sacerdotes foram mortos e trinta mil homens morreram. Agora, Deus mostra que a confiança no templo não era um substituto para o arrependimento.

• Em Jeremias 6, o povo se reunia no templo e pensava que sua segurança estava na sua religiosidade e não em Deus. Se orgulhavam do templo, mas viviam na prática do pecado.

• Deus não tolera o pecado nem mesmo dentro do templo. Os vasos do templo são profanados para esvaziar a falsa confiança daqueles que deixaram de confiar na Palavra de Deus para exercerem uma fé mística.

B. Quando os verdadeiros tesouros espirituais são perdidos em nossa vida, a perda dos tesouros materiais vêm como sinal da disciplina de Deus

• O povo de Deus já tinha perdido os seus verdadeiros tesouros espirituais, sua confiança em Deus e sua intimidade com Deus. Quando confiamos em coisas e não em Deus, o Senhor pode tirar de nós as coisas para nos corrigir. Deus tirou debaixo dos pés do povo o alicerce em que estavam confiando. Deus removeu o candeeiro da igreja de Éfeso, porque ele deixou de se arrepender.

• O mesmo Deus que usa a vara, também a quebra quando ela deixa de compreender que está sendo usada por Deus. Nabucodonosor precisou ir comer capim com os animais porque pensou que o poder estava em suas mãos. O Senhor derrubou a Babilônia exatamente porque o rei Belsazar zombou dos vasos do templo (Dn 5).

C. Mesmo quando o inimigo está sendo uma vara da ira de Deus para castigar o povo de Deus, é Deus quem está no controle

• Deus reina, quer o seu templo exista, quer não. O templo foi destruído, mas Deus continua no trono. Os tronos da terra se abalam, mas o trono de Deus permanece para sempre.

• “O Senhor lhe entregou nas mãos o rei de Judá” – Deus está no controle da história. Até os ímpios estão a serviço dos propósitos de Deus. Deus é soberano.

• A cidade conquistada, o templo saqueado, os tesouros transportados e os cativos a chorar, tudo isso foi obra de Deus, destinadas a cumprir seus propósitos.

• Nabucodonosor era apenas uma vara na mão do Deus vivo, para castigar o seu povo desobediente. Em Jeremias 25:9 Deus o chama de “meu servo”. Nabucodonosor prestava os seus serviços a Deus sem ter consciência disso. Ele era senhor de quase toda a terra, mas servo de Deus. Colocado sobre os homens, mas debaixo da poderosa mão daquele que dirige o universo, segundo seus planos e propósitos.

D. Quando o povo de Deus deixa de confiar em Deus para confiar no braço da carne, daí pode viver sua própria ruína

• Para fugir do domínio Egípcio, Judá em vez de buscar o Senhor, fez aliança com Babilônia. E a Babilônia a dominou, saqueou, trazendo-lhe grande infortúnio. Quando deixamos de confiar no Senhor para fazer alianças perigosas, concessões suspeitas, entramos numa rota de colisão e caímos no abismo.

• Nenhum inimigo pode ser mais perigoso para nós do que os amigos que tomam o lugar de Deus na nossa vida e confiança.

3. Deus mostrou através da disciplina que mantém um controle absoluto sobre o seu povo

A. É Deus quem está comandando o invasor e disciplinando o invadido.

• É Deus quem levanta reis e depõe reis, levanta reinos e abate reinos. É o Senhor de toda a terra que levanta uns e abate outros. O coração do rei está em suas mãos.

• Foi Deus quem entregou o rei Joaquim e os vasos do templo na mão de Nabucodonosor. Os ímpios são apenas a vara da ira de Deus. Eles, porém, não sabem disso (Is 10:5-7,15).

• Aqueles que nada conhecem de Deus podem se transformar em instrumentos inconscientes da vontade divina.

 

• A soberania de Deus inclui não apenas atos de misericórdia, mas também de juízo (Is 45:7).

B. Deus permite que aquilo em que o seu povo confiava seja profanado, para que eles aprendam a depender de Deus e não de uma fé mística.

• Eles confiavam no templo e nos objetos sagrados. Deus então permite que esses objetos sejam profanados, saqueados, levados para um templo pagão. Antes de Deus construir no coração deles uma fé verdadeira, Deus destrói as bases do misticismo.

• Os sacerdotes haviam profanado a Casa de Deus trazendo imagens de outros deuses para dentro da Casa do Senhor. Agora, Deus entrega os vasos do templo para serem levados para os templos dos outros deuses. Porque o povo de Deus profanou os vasos do templo com o seu pecado, Deus profanou o povo através do seu julgamento.

C. Deus revela que uma religiosidade externa não pode defender um povo que vive na prática do pecado

• A Arca da Aliança não pode proteger os israelitas na batalha contra os filisteus. O templo e seus vasos sagrados não puderam proteger o povo contra o cativeiro babilônico.

• A nossa frequência ao templo não podem nos garantir vitória espiritual, se a nossa vida pessoal está comprometida com o pecado.

D. O rei ímpio demonstra mais zelo pelo seu deus do que o povo de Deus pelo Deus vivo

• Nabucodonosor não levou os vasos de ouro do templo para a sua própria casa, mas para a casa do seu deus. O seu deus era um ídolo morto, impotente, mas o rei lhe honrava, tributando a ele suas vitórias. Os ímpios são mais fiéis aos seus ídolos do que o povo de Deus ao seu Deus.

O Profeta agora se explica com mais clareza, ele não mencionou as calamidades do povo, exceto para esse fim, que aqueles que eram quase estúpidos poderiam começar a levantar os olhos para Deus, e também para examinar sua vida e voluntariamente se condenar, para que assim eles possam escapar da ira de Deus.

O Profeta então pede que eles se levantem e chorem. Sem dúvida eles foram forçados pelos seus inimigos a empreender uma longa jornada: por que então ele os ordenou a subir, que se tornaram fugitivos de seu próprio país e foram expulsos como ovelhas? Ele considera a preguiça de suas mentes, porque eles ainda estavam torcidos em seus pecados. Foi então necessário despertá-los dessa insensibilidade; e é isso que o Profeta tinha em vista dizendo: Levante-se (170). E então ele pede que eles chorem no início das vigílias , mesmo quando o sono começa a aparecer, e o tempo é mais calmo; pois quando os homens vão para a cama, o sono continua, e esse é o principal descanso. Mas o Profeta pede aqui aos judeus que chorem, e na inquietação de proferir suas queixas no exato momento em que outros descansam. Ele não desejou que eles imprudentemente derramassem no ar seus gemidos, mas lhes ordenou que apresentassem suas orações a Deus. Então, quanto às circunstâncias da época, ele repete o que já vimos que a massa de males era tão grande que não permitia que as pessoas relaxassem; em resumo, ele sugere que era uma tristeza contínua.

O profeta queria que os judeus não chorassem, mas depois de exortá-los a derramar seus corações como águas, acrescenta, diante da face de Jeová. Pois os incrédulos se tornam quase roucos pelo choro, mas são apenas como animais brutos; ou se invocam o nome de Deus, fazem isso, como já foi dito, através de um impulso precipitado e indiscriminado. Por isso, o Profeta aqui faz a diferença entre os eleitos de Deus e os réprobos, quando os ordena a derramar seus corações e seus gritos diante de Deus, de modo a buscar alívio dele, o que não poderia ter sido feito, se não estivessem convencidos que ele era o autor de todas as suas calamidades; e daí também surge o arrependimento, pois existe uma relação mútua entre o julgamento de Deus e os pecados dos homens. Quem, então, reconhece Deus como juiz, é ao mesmo tempo compelido a examinar a si mesmo e a indagar sobre seus próprios pecados. Agora entendemos o significado das palavras do Profeta.

Para o mesmo propósito que ele acrescenta, levante suas mãos . Essa prática por si só não é, de fato, suficiente; mas as Escrituras freqüentemente apontam a coisa real por sinais externos. Então a elevação das mãos, neste e em outros lugares, significa o mesmo que oração; e tem sido usual em todas as épocas erguer as mãos para o céu, e a expressão ocorre com frequência nos Salmos ( Sl 28: 2 ;134: 2 ) e quando Paulo faz orações para serem feitas em toda parte, ele diz:

“Eu teria homens para levantar mãos puras sem contenda.” ( 1 Tm 2: 8. )

Deus, sem dúvida, sugeriu essa prática aos homens, para que eles possam ir além do mundo inteiro quando o procurarem; e, em segundo lugar, que eles possam, assim, estimular-se a ter confiança e também a se desfazer de todos os desejos terrenos; pois, exceto que essa prática levantasse nossas mentes (como somos por natureza inclinados à superstição), todo mundo buscaria a Deus a seus pés ou ao seu lado. Então Deus plantou nos homens esse sentimento, até para levantarem suas mãos, a fim de que eles possam ir além do mundo inteiro, e que, assim, despojando-se de toda superstição vã, possam subir acima dos céus. Esse costume,  é de fato comum entre os incrédulos; e assim toda desculpa foi tirada deles. Embora, então, os incrédulos tenham sido imbuídos de fantasias grosseiras e delirantes, de modo a conectar Deus com estátuas e gravuras, mas esse hábito de levantar as mãos para o céu deveria ter sido suficiente para refutar todas as suas noções errôneas. Mas não seria suficiente buscar a Deus além deste mundo, para que nenhuma superstição possuísse nossas mentes, exceto que nossas mentes também estivessem livres de todos os desejos mundanos. Pois somos enredados em nossas concupiscências, e então buscamos o que agrada à carne e, portanto, na maioria das vezes, os homens se esforçam para submeter Deus a si mesmo. Então a elevação das mãos também mostra que devemos negar a nós mesmos e sair, por assim dizer, de nós mesmos sempre que invocarmos a Deus. Essas são brevemente as coisas que podem ser ditas sobre o uso dessa cerimônia ou prática.

 

O Profeta designa a coisa em si por um sinal externo, quando pede que levantem as mãos para Deus. Depois ele mostra a necessidade disso, por causa da alma dos teus pequeninos, que desmaiam de fome ;  mas o ? , beth , é redundante aqui – que , então, pela fome desmaia ou falha, e isso abertamente. Pois pode ter acontecido que aqueles que não tinham comida moram em casa e, assim, desmaiaram porque ninguém lhes deu ajuda, porque seu desejo não era conhecido. Mas quando crianças em lugares públicos respiravam suas almas através da fome, era evidente esse estado extremo de desespero, que o Profeta pretendia estabelecer ao mencionar no início de todas as ruas.


 IV. A maneira como o clamor consegue mover o coração de Deus


A Palavra de Deus testemunha o fato de que as aflições nos ensinam a dobrar os nossos joelhos e a clamar ao Senhor em todos os nossos problemas e dificuldades.

“Antes de ser afligido andava errado; mas agora tenho guardado a tua palavra” (Sl 119.67).

“Bem sei eu, ó Senhor, que os teus juízos são justos, e que segundo a tua fidelidade me afligiste” (Sl 119.75).

No último versículo, Davi está dizendo: “Senhor, eu sei por que me afliges. Você viu que, quando tudo estava indo bem, eu desgarrei-me e me tornei muito descuidado, então, permitiu que as dificuldades viessem sobre mim. Você sabia que isto me faria dobrar os joelhos e me levaria de volta ao quebrantamento. Minha aflição era a evidência da sua fidelidade!”

Precisamos entender algo sobre o coração de Deus – ele sofre quando nós sofremos. Ele sente a nossa aflição conosco, não importa o que seja. “Em toda a angústia deles ele foi angustiado, e o anjo da sua presença os salvou; pelo seu amor, e pela sua compaixão ele os remiu; e os tomou, e os conduziu todos os dias da antiguidade” (Is 63:9,10).

O Senhor é movido sempre que os seus filhos clamam a ele em aflição. “E clamaram; e o seu clamor subiu a Deus por causa de sua servidão. E ouviu Deus o seu gemido” (Êx 2.23,24). O clamor de Israel moveu o coração de Deus. Todas as vezes que eram afligidos, Deus sofria com eles. A Bíblia conta-nos que, mesmo quando Israel pecava contra o Senhor e a angústia caia sobre eles, “Ele não pôde mais suportar o sofrimento de Israel” (Jz 10.16).

Muitas pessoas lutam contra escravidões terríveis em suas vidas e tentações em seu furor diariamente. Ainda assim, eu digo a todas as pessoas: “Deus se importa!” Sim, ele sabe da angústia que você suporta e, sozinho, tem o poder de te libertar. Em toda a batalha, está te ensinando a correr para a cruz e clamar por libertação!


V. Os elementos que podem mover o coração de Deus


1. Obediência à Palavra de Deus

Obediência representa estarmos submissos a autoridade de Deus.

A obediência está diretamente relacionada com o amor.

Amando a Deus, obedeceremos aos Seus mandamentos.

Olhando a Deus como nosso Pai e acreditamos que Ele sabe o que é melhor para nós, devemos obedecer tudo aquilo que Deus tem para nós.

A rebelião (desobediência) é a origem dos problemas da Humanidade.

Aquele que obedece a Deus e se submete à Sua Palavra receberá bênçãos e prosperará.

2. As suas sementes

Nosso trabalho é colocar as sementes no solo para que elas possam germinar.

Ao deixarmos nossas sementes no celeiro, elas nunca serão multiplicadoras.

Não haverá prosperidade no seu campo.

Se você não semeou sua terra ficará ressequida.

Ao semearmos seremos obedientes à palavra.

Devemos entender que há uma conexão entre terra e sementes.

A terra possui todos os nutrientes para germinar as sementes.

Um dos nutrientes principais que a terra possui para germinar a semente é água.

Sem água na terra, sua semente não prosperará.

Água representa a presença do Espírito Santo.

Portanto, sementes sem presença de Deus não há como prosperar.

3. A sua persistência.

 A palavra persistência representa ter certa constância em seu proceder, firmeza em realizar, ou seja, nunca desistir.

Deus se move para aqueles que sempre persistem em suas promessas.

O tempo de Deus não são iguais aos nossos.

O relógio de Deus nunca atrasa e nem adianta.

Ainda não aconteceu o que Deus prometeu? Continue orando.

Não aconteceu o que Deus falou continue perseverando.

Deus não é homem para que minta.

Faça sua parte, Ele já fez a Dele.

Sua parte é ter fé e continuar nas pegadas de Jesus.

Portanto, Deus não fara nada em sua vida sem sua participação.

Ele providenciou todas as condições necessárias para conquistarmos a terra prometida.

Agora, peça a Deus que revele sua vontade e lhe dê coragem para executar sua participação no projeto da conquista de sua vitória. 


 VI. As necessidades nos levam a orar.


Com a mulher Cananeia o desespero já havia tomado conta do coração. Sem 

esperanças e clamando por misericórdia, se curva diante de Jesus.

 

Mesmo quando não temos uma resposta imediata devemos continuar orando.

O texto nos diz que Jesus não lhe respondeu nada. Como é difícil conciliar a nossa dor com o silencio de Deus. Talvez ela só pensasse na urgência do seu pedido. O texto nos diz: que Jesus não respondeu a ela, mas também não aceitou a sugestão dos discípulos: mandá-la embora.

 Jesus é soberano para atender ao clamor, mesmo que o pedido não se encaixe em esquemas religiosos.

Jesus disse que não estava certo atender aquele pedido. Por que ele tinha vindo para os judeus (Esse era o esquema religioso). Mas ela insistiu. Jesus cedeu. Por quê? Soberania dele.

 

Só através da oração encontramos a libertação em todas as áreas da nossa vida.

Principalmente na área espiritual. O texto diz que aquela mulher saiu da presença de Jesus e foi para casa. Lá encontrou sua filha deitada numa cama e o demônio que a atormentava tinha ido embora. Por causa daquele encontro aquela mulher saiu dali dizendo: Encontrei o meu Jeová-Nissi (meu libertador).

 

A oração é o refúgio da alma.

O coração de Deus é uma ferida aberta de amor, Ele sofre com nosso distanciamento e nossa preocupação. Ele se angustia por havermos esquecidos dele. Ele chora por causa da nossa obsessão de querer mais e mais coisas. Ele anseia pela nossa presença. Ele está nos convidando a voltar para casa: para o lar da serenidade, paz e alegria; para o lar de amizade, companheirismo e sinceridade; para o lar de intimidade, aceitação e afirmação. Ele nos espera de braços abertos”. 

 

VII. Como evitar a disciplina do Senhor

 

Muitos são tão impactados por Deus na sua conversão e experimentam uma transformação tão grande, que chegam a pensar que todos na igreja são perfeitos. Porém, não é necessário muito tempo para descobrir que isto não é verdade; todos somos falhos e imperfeitos, e na igreja encontraremos falhas, erros e limitações.

 A maneira de se lidar com estes erros é com amor e paciência; vamos nos ajustando aos poucos e assim prosseguimos. Mas quando se trata de pecado, a igreja deve agir diferente, deve usar de disciplina.

 Na igreja encontraremos todo tipo de gente; aqueles que querem levar Deus a sério, e os que não. O Senhor Jesus disse que quando a rede é lançada ao mar, recolhe todo tipo de peixes: bons e ruins (Mt 13.47,48); nesta mesma ocasião Jesus também ilustrou isto de outra forma, falou acerca do joio e do trigo para mostrar que na igreja temos todo tipo de gente.

 

O Senhor nos preveniu que haveria escândalos em nosso meio (Mt 18.7), deixando claro que estes por quem vem os escândalos serão julgados, mas que é inevitável que isto ocorra. Quando o evangelho é proclamado, a pessoa é convidada a vir a Deus como está, mas depois que passa a pertencer à Igreja do Senhor terá que se ajustar à Sã Doutrina. Todos nós somos falhos e pecamos. Como diz a Escritura:

 “Se dissermos que não temos pecado nenhum, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós”(1 Jo 1.4).

 Portanto, não é qualquer pecado que nos fará sermos disciplinados, senão viveríamos só de disciplina. Quando pecamos, devemos nos arrepender e confessar nossos pecados e seremos perdoados (1 Jo 1.9); a disciplina é para tratar com quem peca e não quer se arrepender, insistindo em viver no pecado.

 

Não podemos perder de vista que ninguém vive espiritualmente isolado; somos membros uns dos outros e constituímos um só corpo. Quando alguém passa a viver no pecado fere não só a si mesmo, mas também ao corpo de Cristo!

 O Velho Testamento nos revela como o pecado de um só homem, Acã, prejudicou todo Israel e como foi necessário que ele fosse julgado (Js 7.11-26). O Novo Testamento enfatiza muito a ideia do corpo; quando Jesus envia sua mensagem a cada uma das sete igrejas da Ásia (Ap. 2 , 3), ele as trata como um todo tanto ao falar de suas virtudes como também de seus erros.

 Jesus foi quem primeiro falou de disciplina no Novo Testamento:

 “Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só. Se te ouvir, ganhaste a teu irmão. Mas se não te ouvir, leva contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda palavra seja confirmada. E se não ouvir, dize-o à igreja; e, se também não ouvir a igreja, considera-o como gentio e publicano”. (Mt 18.15-17)

 

Há quatro níveis distintos no processo de disciplina que o Senhor ensinou:

1. Repreensão pessoal;

2. Repreensão com testemunhas;

3. Repreensão pública;

4. Exclusão.

 

Não praticamos a disciplina quando a pessoa se arrepende, mas sim quando ela se recusa a arrepender-se. E neste caso, dentro de uma progressividade; com a repreensão pessoal primeiro, a com testemunhas em segundo, a diante da igreja em terceiro e só então a exclusão em quarto lugar.

Não podemos excluir alguém sem ter dado antes estes passos. Porém, alguém pode não querer receber os primeiros níveis da repreensão fugindo deles; neste caso, constatada a indiferença e relutância da pessoa, passamos então ao quarto nível, subentendendo terem sido os outros insuficientes ou impraticáveis.

 

Quando a repreensão se torna pública, ainda que seguida de arrependimento, e a pessoa em questão é um líder, a disciplina se manifestará afastando a pessoa de sua posição de liderança até comprovada restauração.

 A disciplina do Senhor é um fato bastante ignorado na vida dos crentes. Geralmente a gente expressa certo pesar por causa das nossas circunstâncias sem perceber que elas são apenas as consequências do nosso próprio pecado, e são parte da disciplina amorosa e graciosa de Deus. A ignorância egoísta pode contribuir à formação de pecado habitual na vida de um crente, o qual gera ainda mais disciplina.

 Disciplina não deve ser confundida com punição a sangue frio. A disciplina do Senhor é uma resposta ao Seu amor por nós, e o Seu desejo para que cada um de nós sejamos santos. "Filho meu, não rejeites a disciplina do SENHOR, nem te enfades da sua repreensão. Porque o SENHOR repreende a quem ama, assim como o pai, ao filho a quem quer bem" (Pv 3:11-12). Deus vai usar testes, provações e vários predicamentos para nos trazer de volta a Ele em arrependimento. O resultado dessa disciplina é uma fé mais forte e um relacionamento renovado com Deus (Tg 1:2-4), sem mencionar destruir o poder que tal pecado tem sobre você.

 

O Senhor vai lidar com pecado contínuo, sem arrependimento ou "severo" de uma forma mais severa. Você não vai perder a recompensa que ganhou aqui na terra, mas talvez você não vai estar na terra por muito mais tempo! (1 Co 10:6-10 ; 11:28-30, 1 Jo 5:16-17 e a história de Ananias e Safira em Atos 5. Em cada um desses casos o pecado resultou em morte. Isso é extremo, mas definitivamente algo a considerar antes de nos entregar a um pecado habitual.

 

A disciplina do Senhor é para o nosso próprio bem, para que Ele seja glorificado com nossas vidas. Ele quer que tenhamos vidas de santidade, vidas que refletem a nova natureza que Deus nos tem dado: "Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância; pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo" (1 Pe 1:14-16). Se pecarmos e não demonstrarmos nenhum arrependimento, podemos esperar ser disciplinados. A dureza da disciplina, no entanto, é como formar um diamante de sua matéria-prima, pois dessa mesma forma seremos refinados e fortalecidos. Ignorar a disciplina do Senhor e continuar a pecar vão nos trazer mais disciplina, mais dificuldades e até mesmo a morte.

 

Deus disciplinou a Nação de Israel através do cativeiro babilônico. O seu objetivo maior e principal, foi curar  o seu povo da idolatria; doravante, após o período de 70 anos do cativeiro, nunca mais Israel se inclinou a outros deuses até os nossos dias.

 A nossa oração a Deus é no sentido de não ser preciso jamais de o Senhor, ser obrigado a punir a cada um de nós visando nos atrair ao seu encontro.

Volte-se para o Senhor, antes que Ele seja obrigado a usar a sua vara da disciplina visando te atrair aos seus braços.